A IA generativa foi citada pelos entrevistados em uma pesquisa recente da Gallup como tendo um papel importante no medo de se tornarem obsoletos
Os avanços tecnológicos muitas vezes trazem consigo muitas preocupações e especulações sobre como irão transformar o mundo – o que dá origem a intermináveis manchetes sobre a substituição dos nossos empregos pela IA ou a transformação da forma como trabalhamos.
Portanto, provavelmente não é nenhuma surpresa que a rápida implantação do ChatGPT e de outras tecnologias generativas de IA tenha provocado consternação entre os funcionários, mesmo que eles não estejam pensando na tecnologia da mesma forma que os líderes de suas empresas.
De acordo com uma nova pesquisa Gallup, 22% das pessoas entrevistadas temem que a tecnologia torne seus empregos obsoletos, contra 15% em 2021.
“Há muito medo em torno da IA e de como ela roubará empregos”, disse Tevis Paget, CTO da Cloudstaff, ao HR Brew. “Esse medo parece ocorrer cada vez que uma nova tecnologia significativa é lançada e acreditamos que seja construtivo e positivo”.
O aumento deve-se, em grande parte, aos problemas dos trabalhadores com formação universitária: 20% dos entrevistados estão preocupados, um aumento de 12% em relação à pesquisa de 2021. A preocupação entre os trabalhadores sem diploma universitário manteve-se relativamente estável: 24% em 2023, em comparação com 22% em 2021.
Os trabalhadores de colarinho branco poderão ter mais a temer em relação aos desenvolvimentos recentes. Especialistas alertaram que os profissionais de tecnologia, mídia e finanças podem correr maior risco de serem substituídos pela tecnologia, de acordo com o Insider.
Mais preocupante ainda é o facto de profissões semelhantes terem sido as mais atingidas pela última vaga de despedimentos.
O medo de se tornar obsoleto pode estar bem colocado. A Goldman Sachs ganhou as manchetes no início deste ano depois de divulgar um estudo que concluiu que os desenvolvimentos na IA generativa poderiam colocar 300 milhões de empregos a tempo inteiro em risco devido à automação.
O que o RH deve fazer?
Não entrar em pânico. Muitos especialistas preveem que a tecnologia permitirá às empresas desenvolver novas formas de pensar sobre como utilizar a automação para apoiar os funcionários e melhorar a forma como realizam o seu trabalho. Aumente, em vez de substituí- los completamente.
“O RH, na minha opinião, está em uma posição única, pois é o administrador do negócio”, disse o psicólogo-chefe do local de trabalho da Qualtrics, Ben Granger, ao HR Brew. “Eles entendem a necessidade de eficiência. Eles entendem o poder da inteligência artificial, mas, por outro lado, sendo os administradores dos negócios e das pessoas, eles também entendem onde a inteligência humana é essencial”.
O RH também pode se preparar para repensar a gestão do desempenho e como a IA generativa pode ser incorporada às expectativas do local de trabalho. À medida que a produtividade aumenta, o RH poderá precisar renovar os incentivos e as estruturas de recompensa.
Além disso, os profissionais de RH devem considerar monitorar o uso de IA e ferramentas automatizadas em sua empresa e garantir que sejam eficazes e imparciais, caso contrário correrão o risco de problemas com agências governamentais que trabalham para regular a tecnologia.
Texto traduzido da HR Brew
