O futuro do trabalho pós-pandemia

A pandemia do coronavírus trouxe muitas mudanças para a vida das pessoas. De uma hora para a outra tivemos que ficar em nossas casas e nos adaptar ao trabalho remoto, já que o Home Office foi a alternativa proposta por muitas empresas.

O futuro do trabalho pós-pandemia ainda é incerto, mas já sabemos que as novas tecnologias e os comportamentos sociais ajudaram esses novos modelos de trabalho a serem aceitos com mais facilidade. 

E com a pandemia chegando ao fim será que retornaremos aos escritórios presenciais? 

Trabalho de onde bem entender

Não importa se as pessoas chamam de trabalho remoto, trabalho à distância, teletrabalho ou Home Office, os termos utilizados não significam que é necessário trabalhar de casa.

A quarentena obrigou muitas pessoas a trabalhar de suas residências e muitas precisaram se adaptar, pois não tinham o espaço adequado. O que deveria ser planejado com calma tornou-se uma realidade rapidamente para muitos, mas, aos poucos, organização e colaboradores conseguiram colocar as coisas nos eixos.

Flexibilidade, qualidade de vida, redução de custos e produtividade são alguns dos benefícios que o trabalho remoto trouxe, bem como não ser mais preciso ficar em áreas restritas de grandes centros urbanos ou metrópoles.

Com isso, as empresas podem encontrar talentos em qualquer lugar do mundo. As relações ficaram mais dinâmicas e acessíveis, sendo, talvez, o fim do problema de mão de obra escassa e, ao mesmo tempo, uma vantagem competitiva.

Já para as pessoas, com o trabalho remoto é possível ter mais tranquilidade morando no interior ou, para quem quer, ter experiências no exterior e poder continuar morando no Brasil.

Como será o trabalho do futuro?

Ainda não há uma resposta definitiva sobre como será o trabalho do futuro, mas é inegável que a realidade digital é um caminho sem volta. Por conta disso, as empresas devem começar ou continuar a investir em produtos, serviços e experiências digitais.

A contratação de profissionais para trabalho híbrido é uma tendência, bem como colaboradores que saibam combinar experiências em negócios com habilidades em tecnologia.

Na realidade, essa já era considerada uma competência fundamental para os profissionais em 2022, segundo o World Economic Forum e sua pesquisa sobre o futuro do trabalho, que foi lançada em 2018, muito antes dessa pandemia começar.

Aprendizagem ativa também será algo muito importante. Nos primeiros dias de quarentena, em 2020, houve um aumento no número de pessoas fazendo cursos online, ouvindo Podcast e consumindo todo tipo de conteúdo – dos mais variados formatos e temáticas.

Contratações e oportunidades

Estar atento e qualificado para o mercado de trabalho pode facilitar a recolocação. Por conta da pandemia, muitas empresas demitiram seus funcionários e por isso estes começaram a empreender. 

E quem já era dono do próprio negócio viu a importância de se reinventar para conseguir sobreviver. Em ambos os casos a capacidade de visão para o futuro é um diferencial para conseguir captar novas tendências e oferecer serviços de acordo com a nova realidade.  

Mas também teve lugares onde as contratações não pararam. É o caso de varejistas e startups, que por conta da crise viram as vendas online crescerem, gerando um aumento na procura de profissionais das áreas de desenvolvimento de software, produto, marketing digital e logística. 

Muitas empresas precisaram fazer grandes contratações e de forma rápida. Por conta desse cenário, muitas escolheram softwares para ajudar no recrutamento e seleção, como o do TAQE. 

Nele, é possível aumentar em até 400% a eficiência do processo seletivo, uma vez que a plataforma utiliza a inteligência artificial de dados para reduzir não só o tempo das contratações, como também o custo. Além disso, a solução automatiza e centraliza a gestão dos processos seletivos. Experimente o TAQE

Mudanças na carreira

A pandemia também fez muita gente repensar na carreira e foi o momento propício para indagações sobre a trajetória profissional. Com mais tempo livre e a educação à distância cada vez mais presente, as pessoas começaram a investir em algo que realmente tinham interesse em se desenvolver.

Não importa qual seja o momento, o que vai falar mais alto é a capacitação profissional para acompanhar as novas tendências. Isso significa que a pessoa precisa querer adquirir novas habilidades. 

Novos comportamentos

O futuro do trabalho não pode se resumir somente ao Home Office e as ferramentas tecnológicas. Organização, criatividade, colaboração e aprendizagem serão fundamentais para as tomadas de decisões.

Além disso, as empresas precisam ter mais transparência, saber comunicar, observar e buscar por conhecimento. 

Algumas companhias decidiram continuar de maneira remota mesmo depois da flexibilização da pandemia. Elas devem continuar com os incentivos já adotados como capacitação profissional, cuidado com o bem-estar e a saúde emocional do colaborador.

Além disso, o uso da tecnologia mostra que o distanciamento não é o empecilho e nem representa um isolamento do convívio social. Um exemplo disso, é o uso da tecnologia e da gamificação de conteúdos que tem melhorado a curva de aprendizado, ao mesmo tempo que deixa o fluxo mais realista e dinâmico.

A pandemia antecipou muitas necessidades e trouxe oportunidades para a revolução tecnológica da qual hoje vivemos. Muitos profissionais tiveram chances de melhorar como pessoa e profissionalmente. 

Muitos aproveitaram o momento para investir em habilidades que antes não eram necessárias, como:

  • consciência emocional
  • inovação
  • criatividade
  • autonomia
  • concentração
  • produtividade
  • consciência de qualidade de vida
  • tomada de decisões
  • colaboração
  • sociabilidade
  • solidariedade
  • pensamento crítico

Tendências do trabalho pós-pandemia

Como já comentamos anteriormente, a pandemia obrigou empresas e consumidores a adotarem rapidamente novos comportamentos e muitos deles tendem a permanecer.  

O trabalho remoto e as reuniões virtuais, por exemplo, devem ser coisas que, mesmo de forma menos intensa, continuaram por muito tempo.

Trabalho remoto

Algumas pesquisas mostraram que, considerando somente o trabalho que pode ser feito remotamente sem perder a produtividade, cerca de 20 a 25% da força de trabalho poderiam trabalhar de casa de três a cinco dias por semana. 

Esse número representa de quatro a cinco vezes mais pessoas trabalhando remotamente do que antes da pandemia e poderia motivar uma grande transformação na geografia do trabalho, à medida que as pessoas passam a morar em cidades menores e até mesmo em outros países. 

Alguns tipos de trabalho, que apesar de poderem ser feitos de forma remota, são melhores feitos pessoalmente. É o caso das negociações, tomadas de decisões críticas de negócios, sessões de Brainstorm e de feedback, bem como a integração de novos funcionários. Estas atividades podem perder parte da sua eficácia quando realizadas remotamente.

Espaço flexíveis

Algumas empresas já planejaram a mudança para espaços de trabalho flexíveis após terem experiências positivas com trabalho remoto.

Uma pesquisa realizada em agosto de 2020 pela McKinsey mostrou que, em média, 30% das empresas pretendem diminuir o espaço destinado a escritórios. Com isso a demanda por restaurantes e lojas de varejo nas regiões onde essas empresas se concentram deverá diminuir bem como a demanda por transporte público. Em contrapartida, esta mesma demanda deverá aumentar em bairros afastados da região central. 

Outro ponto que deve ser impactado no trabalho pós-pandemia são as viagens de negócios. Uso das videoconferências ao longo da academia levou a uma maior aceitação de reuniões virtuais, bem como de outros aspectos de trabalho. Embora as viagens a lazer e turismo provavelmente se recupere, as viagens a negócios tendem a diminuir.

Consumo online

Foi também ao longo da academia que muitas pessoas descobriram o e-commerce e as atividades online cresceram exponencialmente – em 2020 o e-commerce cresceu a uma taxa de duas a cinco vezes maior do que antes da covid-19.

Ainda de acordo com a pesquisa da McKinsey, três a cada quatro pessoas usaram canais digitais pela primeira vez durante a pandemia e afirmaram que deverão continuar usando quando tudo voltar ao normal.

Outras atividades online também tiveram um aumento de acessos como a telemedicina, online banking e o entretenimento por streaming. Essas práticas podem até diminuir um pouco conforme as barreiras econômicas forem reabrindo, mas as chances são maiores delas continuarem crescendo. 

O mundo que vivíamos até meados de 2020 não existe mais, e a pandemia veio mostrar que é preciso estar de olho no mercado e ser aberto a mudanças para não ficar para trás.