Como liderar e criar conexões verdadeiras estando à distância?

Você já se deu conta de que já ultrapassamos os 400 dias de pandemia? Gradualmente vamos perdendo a memória de como era o mundo antes de tudo isso acontecer. Para muitos foi o ano que mais se obteve aprendizados em diferentes áreas da vida.

Quando trazemos o assunto para o ambiente corporativo, vemos as mudanças que já estavam acontecendo de forma gradual serem aceleradas em uma velocidade que nem sabíamos que seria possível. Está aí a aderência ao trabalho remoto/híbrido para nos provarmos.

Embora já houve crises anteriormente, nenhuma delas exigiu que os trabalhadores e os negócios precisassem “virar a chave” de forma tão rápida. Para algumas empresas foi, literalmente, da noite para o dia.

Os últimos meses levaram os profissionais a uma adaptação quase que compulsória. Uma pessoa, em particular, precisou olhar com cuidado para as suas funções e seu propósito, adaptando toda a sua atuação, o Líder. Com a crise, os gestores precisaram ressignificar sua atividade, atrelando a um novo olhar: pessoas são sempre a prioridade!

Uma pesquisa realizada pela Talenses Executive avaliou a agenda e perfil dos líderes das maiores empresas em 2021. Um dos resultados foi que os líderes estão atentos e buscando habilidades para motivar as equipes em tempos de incertezas.

O que as lideranças podem fazer a respeito? Qual é de fato o papel dos líderes? Agora, mais do que nunca, o bem-estar das pessoas deve ser o foco. Zelar pela segurança física e psicológica dos funcionários é o primeiro passo para que as organizações possam mantê-los engajados e motivados.

O grande desafio não está em motivar, pois, isso os líderes já tinham o dever de fazer antes da Covid-19. O desafio é liderar à distância. Os líderes possuem um papel ainda mais determinante para apoiar e dar suporte as pessoas; pois precisam encontrar meios de exercer uma liderança mais empática, mesmo que remotamente – estabelecendo conexões verdadeiras com as pessoas.

A empatia nunca foi tão importante. Olhar para as emoções, prestar atenção no olhar, no tom de voz e, mais do que tudo, respeitar que cada um está batalhando da forma que dá e está tudo bem não dar conta de tudo no momento. Por trás do profissional, existe um ser humano – que pode estar enfrentando um momento mais sensível. Os líderes também precisam ter consciência de que eles precisam estar bem para poder cuidar dos liderados.

Como criar uma conexão genuína à distância?

Não existe uma receita mágica, mas há alguns ingredientes que não podem ficar de fora na hora de criar uma estratégia para construir uma conexão à distância. São eles:

  • Comunicação clara;
  • Alinhamento de objetivos, expectativas e prioridades;
  • Contato frequente;
  • Escuta ativa;
  • Transparência;
  • Ser o mais humano possível e
  • Empatia;

Ainda que virtualmente, realizar videochamadas, conversas e interações mais informais são bons caminhos para que o gestor possa se aproximar de suas equipes. Claro que, tudo isso deve ser feito de uma forma equilibrada e assertiva, com atenção para o volume de reuniões. Inclusive, estimular a cooperação e o trabalho em equipe também são ótimas formas de manter as equipes conectadas.

Queremos destacar a escuta ativa. Ouvir é um ótimo recurso para quem quer criar um ambiente de troca e interação. Pessoas que são ouvidas também ouvem com atenção seus interlocutores e se sentem acolhidas. Por isso, dedicar atenção para escutar cada integrante de sua equipe é vital no processo de gerenciamento. Lembre-se, contudo que os colaboradores percebem quando a escuta ativa só faz parte de uma estratégia ou se ela de fato é genuína e o interesse do líder é verdadeiro. É um ato de generosidade e não apenas para riscar como “checked” o box de escuta ativa na sua estratégia.  

As pessoas já vinham ganhando atenção especial nas empresas e isso já vinha trazendo resultados. A pandemia acelerou esse processo e as pessoas dificilmente deixarão de ser importantes. Afinal, são pessoas que fazem os negócios se desenvolverem.

Não é dever apenas do RH. Mas, o RH tem o dever de oferecer essas habilidades para os líderes. Dessa forma, juntos, como um verdadeiro time, eles conseguem promover uma cultura de cuidado, bem-estar, apoio e consequentemente, de desenvolvimento e engajamento.

 

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