Employee experience: Exemplos, desafios e melhores práticas.

Nós estamos vivendo a era da experiência e isso modificou diversos comportamentos, hábitos e expectativas dos colaboradores. O mercado de trabalho está mudado, basta nos sentarmos para uma conversa com alguém de uma ou duas gerações anteriores da atual, que é possível identificar várias diferenças. Antes as pessoas buscavam um trabalho para fins de sustento, hoje, somos incentivados a encontrar nosso propósito no trabalho, amar o que fazemos e viver experiências no dia a dia de trabalho.

Os colaboradores estão buscando vagas nas empresas que investem em boas práticas de incentivo ao alto desempenho, engajamento e fidelização. De uma forma resumida, isso nada mais é do que o employee experience, que é o assunto que vamos abordar ao longo deste conteúdo.

O que é e para que serve Employee experience

É um termo derivado da Língua Inglesa, que na sua tradução literal, significa “experiência do colaborador”. O employee experience são todas as experiências que um funcionário tem ao longo da sua relação com a empresa onde trabalho – desde o primeiro contato com a área de Recrutamento e Seleção para a candidatura à uma vaga em aberto, até o dia do seu desligamento.

O employee experience valoriza o capital humano, incentiva a fidelização do colaborador e o engajamento nas atividades. Ele está ligado à análise de pessoas, design do local de trabalho, remuneração, engajamento e bem-estar. Jacob Morgan, fundador do “The Future of Work University”, que é uma plataforma online de treinamento que ajuda pessoas e organizações a mudarem o mundo do trabalho, em 2016 lançou a Equação do Employee Experience, que é:

Cultura + Tecnologia + Espaço Físico = Employee Experience.

Melhores práticas de Employee experience

Employee experience vai muito além dos gestos simbólicos como bolos de aniversário e mesas de ping-pong. A criação do employee experience começa no topo – com a liderança fornecendo aos funcionários um senso de propósito em torno da missão, visão e valores da empresa. O que estamos buscando como equipe, o que nos motiva a acordar todas as manhãs e como nossa estratégia se conecta ao trabalho diário?

Conheça abaixo algumas das melhores práticas relacionadas ao assunto.

Conheça quem são os seus colaboradores

É importante a liderança entender a importância em, antes de qualquer ação, coletar informações para você conhecer de perto das preferências, necessidades e desafios do dia a dia de trabalho dos seus colaboradores. Ou seja, é necessário conhecer os membros da sua equipe para desenvolver e aplicar as estratégias certas para eles. Não há receita pronta, pois cada empresa tem um quadro de funcionários diferenciado.

Para essa etapa, use o diálogo e a troca de experiências, documente os resultados e comece o planejamento com base nessas informações.

Faça o seu colaborador ser parte do desenvolvimento

Essa ideia parece óbvia, mas poucas empresas colocam em prática. Nada melhor do que um grupo de colaboradores fazerem parte do comitê de desenvolvimento da jornada completa de experiência dentro da empresa. Eles vivenciam o dia a dia e podem oferecer ideias valiosas baseadas em experiências reais. Lembre-se que employee experience tem relação direta com a formação de um ambiente de crescimento, valorização e reconhecimento.

Deixe claro a relação do employee experience com o customer experience

As estratégias de employee experience têm o objetivo de oferecer maior qualidade de vida e engajamento no ambiente de trabalho. Esse cuidado da empresa para com o colaborador deve ser refletido na dedicação dele ao oferecer um produto ou serviço para um cliente. Pense no formato de um ciclo: a empresa cuida dos funcionários e os funcionários cuidam dos clientes. Isso tende a gerar uma maior fidelização de clientes e retenção de talentos.

Desafios do employee experience

É a primeira vez na história corporativa onde há holofotes para os funcionários. Antes, as empresas eram quem tinha o poder de escolher talentos, hoje, os talentos são quem escolhem as organizações onde querem fazer carreira e viver experiências. Muitas empresas ainda não definiram o employee experience como uma prioridade estratégica e, quando fazem, não dão a importância necessária, uma vez que os indicadores não são atribuídos a executivos ou lideranças seniores.

A área de Recursos Humanos acaba agindo de forma isolada para buscar recursos que consigam atender ao conjunto integrado da equação do employee experience (Cultura + Tecnologia + Espaço Físico). Isso resulta em um processo demorado e, muitas vezes, não efetivo, já que os recursos chegam em partes, sem dar a possibilidade de aplicar a equação por inteira.

O que está nas mãos do RH é a atualização de ferramentas que envolvam o funcionário e oferecem dados para entender melhor o que os talentos da empresa esperam e valorizam. Entretanto, não se pode parar nesta etapa, é preciso usar essas informações para criar ações e pontos de contato com os funcionários, o que exige outros recursos que fogem do escopo conhecimento técnico, incluindo investimento financeiro e de tempo.

Os pilares do sucesso da equação envolvem gerenciar desempenho, estabelecer metas, focar em diversidade e inclusão, bem-estar, inovação, liderança focada em reconhecimento e valorização e design de local de trabalho, tudo de forma integrada e simultânea. O grande desafio estar em equilibrar as necessidades da empresa e a satisfação dos funcionários.

Antigas X novas regras do Employee experience

A grande verdade é que as “antigas” regras de employee experience são mais focadas em facilidades para a própria empresa do que para o funcionário. Veja alguns exemplos de algumas regras que eram utilizadas antes e como a era da experiência as modificou dentro das organizações:

  • Antes a cultura da empresa poderia ser encontrada descrita no site e no quadro da parede, sem ser medida e nem estudada através do comportamento do consumidor. Atualmente são usadas ferramentas para identificar, medir, alinhar e melhorar a cultura organizacional em meio a tantas mudanças, fusões e aquisições.
  • A experiência dos funcionários era definida basicamente por uma pesquisa anual de satisfação e engajamento. Hoje o employee experience envolve feedback, ações durante o ano e monitoramento constante.
  • Antes cada área de RH tinha um líder (recrutamento, benefícios, engajamento). Hoje, as empresas já entenderam que o employee experience é totalmente integrado e tem um profissional responsável pela experiência completa, incluindo jornadas, engajamento e cultura dos funcionários.
  • Os programas de bem-estar e saúde eram focados na segurança e na melhor gestão dos custos de seguro. Atualmente, as empresas possuem um programa totalmente integrado focado no bem-estar dos funcionários, suas famílias e no equilíbrio entre vida pessoal e profissional.
  • As plataformas voltadas ao RH eram usadas pelos funcionários com o intuito de facilitar a conclusão de tarefas e realização de relatórios da área. Hoje, as plataformas são 100% projetadas focadas na experiência do usuário, ou seja, dos colaboradores, incluindo aplicativos digitais e soluções baseadas na jornada do funcionário e nas comunicações internas que suportam e inspiram o público interno.

A base sólida para melhorar constantemente a experiência do colaborador é através do feedback e comentários deles. Mesmo que as novas regras tenham ganhado espaço dentro das organizações, segundo o Deloitte Insights, apenas 22% das empresas se preocupam em aplicar pesquisas de feedback a cada três meses. A grande maioria, 79%, ainda utiliza o antigo método anual para coletar pontos de melhoria e consequentemente planejar novas ações voltadas ao employee experience.

Como a tecnologia pode te ajudar na gestão das experiências

Mais uma vez a tecnologia dando origem a diversas soluções para facilitar a coleta de dados e a gestão de informação dentro da área de Recursos Humanos. Veja o que já está disponível no mercado e que vem contribuindo para o melhor entendimento do employee experience dentro das empresas:

  • Aplicativos de engajamento e feedback: as pesquisas anuais estão ultrapassadas. Há inúmeras ferramentas de pesquisa de pulso que podem ser usadas através de aplicativos mobile, oferecendo experiência e aumentando as taxas de respostas.
  •  Aplicativos de bem-estar: imagine criar uma competição de condicionamento físico dentro da sua empresa? Ele pode ser individual ou em grupos, incentiva a integração e estimula a competição saudável e a prática de atividades físicas.
  • Software de Recrutamento e Seleção: se utiliza da técnica da gamificação para coletar dados dos candidatos para vagas em aberto da empresa. Durante todo o processo de candidatura, os profissionais recebem feedbacks através da plataforma. A inteligência de dados é usada para criar a identidade profissional do candidato baseada no perfil comportamental e conhecimentos técnicos, permitindo ao candidato demonstrar o seu potencial através dos jogos e testes ao longo do processo seletivo.

3 exemplos de marcas que investem em Employee experience

Nada melhor do que exemplos práticos para ver a teoria sendo aplicada e se inspirar para levar o conceito de employee experience para dentro da sua empresa. Veja os exemplos de marcas que investem na área:

The Cheesecake Factory

Ele é o único restaurante listado entre as 100 melhores empresas para se trabalhar em 2018, segundo a Fortune. Eles marcam presença nesta importante lista desde 2014. Claro que não é por acaso: o foco nos funcionários abrange todos os níveis de hierarquia da empresa. O CEO, David Overton aponta o treinamento e o reconhecimento como as duas principais prioridades da empresa. E vem dando certo, já que a The Cheesecake Factory possui 93% de aprovação entre os funcionários.

Um dos modelos que podemos citar é a Wow Stories, que é a divulgação de histórias de excelente serviço, o que aumenta a moral dos colaboradores envolvidos e dissemina as melhores práticas da empresa.

Home Depot

Apontada como uma das principais empregadoras do público jovem do Canadá, a Home Depot tem o compromisso de oferecer um local de trabalho diferenciado e fazer com que os funcionários se sintam parte da grande família Home Depot.

Podemos destacar a autonomia que os funcionários têm em oferecer descontos de até U$50 em qualquer item da loja por algum motivo que julgarem razoável para o momento. Outro programa voltado ao employee experience é o Team Depot, que é um programa de voluntariado liderado pelos funcionários que podem trabalhar em organizações locais e ajudar a comunidade. E, por fim, mas não menos importante, a empresa oferece suporte financeiro emergencial através de fundo doméstico (Home Fund).

Coca-Cola FEMSA

Como sabemos a jornada de experiência do funcionário inicia lá na candidatura do profissional a uma vaga em aberto. Quanto mais ágil e organizado o processo de seleção, melhor para a marca empregadora. A Coca-Cola FEMSA, utilizando a solução do Taqe conseguiu realizar a contratação de 77 novos colaboradores em apenas 40 dias. Os candidatos foram automaticamente triados levando em consideração critérios de seleção como geolocalização (local onde o profissional reside), perfil comportamental e conhecimentos específicos.

Outro benefício desta contratação voltada ao employee experience é que todo o processo de coleta de informações dos candidatos foi realizado através da metodologia de gamificação e, conforme os profissionais iam completando a jornada de candidatura, iam recebendo feedbacks sobre a performance em cada etapa. Acesse o case de sucesso completo e veja detalhes deste formato de contratação utilizando tecnologia e oferecendo ao candidato uma experiência diferenciada.

Pesquisa para medir a experiência dos colaboradores

Uma pesquisa eficiente para medir a experiência completa dos colaboradores deve abordar os três pilares que afetam o indivíduo na forma como ele pensa, sente e executa. Portanto, a pesquisa faz perguntas das seguintes naturezas:

  1.       Como a organização ou a equipe da empresa é vista da porta para fora. Demonstra a eficiência das campanhas de posicionamento da marca empregadora e mostra o que atraiu os funcionários a se aplicarem para vagas na empresa.
  2.       Como está a satisfação dos funcionários ao prestarem serviços para a empresa e pode ser medido através do comprometimento e da rotatividade.
  3.       Como o funcionário se sente ao trabalhar nesta empresa levando em consideração expectativas nem sempre documentadas como propósito, autonomia, crescimento, impacto e conexão.

Quando todos os resultados forem tabelados, você terá informações relevantes sobre o que atrai candidatos para trabalhar na sua empresa, o que faz os seus colaboradores a ficarem trabalhando na sua empresa e o que os motiva a dar o melhor deles no dia a dia de trabalho.

Conclusão

Employee experience é um grande marco para a área de Recursos Humanos. Cuidar de quem cuida dos seus clientes é uma estratégia inteligente onde todos saem ganhando: a empresa, os funcionários e os clientes. Não importa qual é o porte da empresa, sempre é possível colocar as melhores práticas em ação e iniciar a longa caminhada de criação de uma jornada integrada focada na experiência ao colaborador.

Se você busca uma solução para a área de Recrutamento e Seleção que leve em consideração os conceitos de employee experience, nós lhe convidamos a conhecer a plataforma do Taqe, que utiliza a gamificação, feedback e cria a identidade profissional dos candidatos utilizando algoritmos e inteligência de dados. Veja na prática como a solução funciona através da nossa demonstração gratuita e dê foco total ao candidato na hora do processo de seleção.