3 formas de motivar a sua equipe durante uma crise prolongada

O que achávamos que seria temporário, já está se estendendo há mais de um ano. E, não tem data para terminar. O Covid-19 nos forçou a realizar um dos maiores experimentos internacionais relacionados ao trabalho: trabalhar de forma remota.

A fase de adaptação e desespero já passou e os gestores se veem hoje adiante da necessidade de novas ferramentas para revigorar as equipes, identificar e diagnosticar dificuldades recorrentes e oferecer ajuda aos funcionários para que saibam lidar os problemas antigos e os novos, aqueles trazidos pela pandemia.

De certa forma, a crise ofereceu crescimento emocional e metal para todos nós. Mas, não podemos deixar de destacar a importância de um líder durante essa crise. Os líderes realmente bons, se viram mergulhados em desafios para resolver, tanto os seus quanto os da equipe. Não é para menos, o papel principal de um líder é oferecer estrutura e orientação para a equipe.

Um trabalho saudável não é aquele que tem uma estrutura externa sólida, mas sim aquele em que as equipes internas têm confiança entre si e no líder, gerando motivação interna.

Para que o líder consiga realizar um bom trabalho é preciso estar focado em 3 necessidades psicológicas para manter os funcionários engajados, confiantes e motivados. É sobre elas que iremos abordar agora.

O que você irá saber neste artigo:

Conexão

O tão conhecido sentimento de pertencimento. A conexão reflete em como o funcionário se sente: acolhido e cuidado. Para um líder construir conexão ele precisa dedicar tempo para ouvir as opiniões, perspectivas e problemas dos funcionários e deixar claro o quanto eles são valorizados pela empresa.

Veja algumas dicas de como você, líder, pode colocar isso em prática:

  • Uma das formas mais eficientes de se fazer isso é através do reconhecimento e validação das emoções dos funcionários. Frases como “Sei que pode ser difícil manter o foco nesse momento, mas vamos descobrir uma solução juntos!”, pode criar conexão com os seus liderados. Se coloque no lugar deles e pense como você gostaria de ser acolhido neste momento.
  • Não deixe que seus funcionários virem apenas mais um no meio da multidão. Se precisar, reduza o tamanho das equipes para que o líder consiga reconhecer o trabalho e as realizações não só como equipe, mas também individuais.
  • Problemas vão surgir. O papel do líder é se assegurar de ter um feedback detalhado e embasado de todas as pessoas ou equipes envolvidas. Isso ajuda a identificar as maiores dificuldades e obstáculos, bem como a fortalecer a conexão e incentivar a comunicação.
  • Converse com a sua equipe sobre o bem-estar e não somente sobre a produtividade.

Competência

Quando o funcionário faz um bom trabalho, ou seja, tem competência, é necessário fazer com que ele enxergue o quanto ele realizou. Os funcionários responsáveis por metas realistas podem melhorar o desempenho de entregas e se sentirem motivados, pois sabem para onde e porque estão indo nesta direção. Um líder pode trabalhar a necessidade de competência através das seguintes ações:

  • Envolvimento dos funcionários em decisões importantes para a empresa ou equipe. Várias cabeças pensam muito melhor do que uma. Solicitar sugestões para otimizar um processo interno, por exemplo, pode ser um ótimo caminho para iniciar esse envolvimento. Caso você ainda não conheça o Design Thinking, saiba que ele é uma ótima ferramenta para solucionar problemas em equipe. O envolvimento na solução de problemas gera autonomia, progresso e propriedade.
  • Abra espaço para que os funcionários expliquem aos colegas com o que e porque ele está trabalhando com determinada estratégia. Isso demonstrará o domínio que ele possui de uma tarefa ou habilidade específica.

Autonomia

Um bom líder é aquele que consegue delegar tarefas e confiar nos seus liderados, dando autonomia para que eles sejam autores das suas próprias ações. Isso faz com que os colaboradores possam fazer escolhas alinhadas com os próprios valores e  objetivos, nunca esquecendo que o trabalho individual está diretamente ligado ao trabalho em equipe. Os líderes devem promover a autonomia e demonstrar preocupação de forma sincera, sem deixar de reconhecer que cada funcionário é responsável por alcançar os objetivos da equipe.

Se você é líder, você pode promover o senso de autonomia através destas recomendações:

  • Incentive a participação nos projetos. Use questionamentos como: “Que parte deste projeto você acredita que pode liderar?”
  • Não utilize linguagem controladora como: “Entregue-me isso até amanhã.” Se o prazo estiver apertado e não haver outra solução, você pode incentivar o funcionário dizendo:  “Sei que é um prazo apertado, mas contar com as suas habilidades nesta equipe será muito bom para o nosso cliente/projeto.”
  • É claro que o líder deve fazer exigências, pois todos tem objetivos a cumprir. Mas, é extremamente importante ter transparência neste processo. Justifique cada exigência, pois as pessoas ficam mais motivadas a executar as atividades quando elas entendem o porquê é importante.

 

Não importa quais sejam as circunstâncias, ficamos mais energizados e comprometidos quando somos motivados internamente por nossos próprios valores, senso de prazer e crescimento.

Quando atendemos às três necessidades psicológicas, os líderes ajudam os funcionários a se engajarem e se sentirem valorizados no trabalho (conexão), motivados pelo crescimento (competência) e fortalecidos e confiantes em suas habilidades (autonomia).

É de se esperar que a motivação esteja especialmente em risco nesses tempos de pandemia. Por isso, lidere com o foco nestas 3 necessidades e ajude a sua equipe a se manter feliz, produtiva e engajada durante essa crise.

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